sábado, 28 de junho de 2008

THE DARK SIDE OF THE MOON


A ausência de Gavril Breeze é uma dolorosa viagem pra dentro de sua inevitável obscuridade. Seu maior temor é que seu lado sombrio se revele, por isso, quando sente que está prestes a perder o controle, entra em estado de suspensão, se isola para deixar seus demônios se manifestarem e, assim, tenta domá-los. Essa é uma tarefa profundamente solitária. Nem mesmo Sina/ANIS e Quim podem compartilhar.

O tempo que passa em Quinta Sagita é quando sente menos medo, pois sabe que Sina/ANIS e Quim a vêem em sua quase totalidade. Quase, pois ela nunca é totalidade. É sempre milhares de fragmentos que se configuram de forma semi-aleatória a cada dia, nunca formando um todo completamente coeso, organizado, já que os fragmentos obscuros estão sempre impondo sua presença.

Como em Quinta Sagita o tempo corre de forma diferente, mais alongada, a configuração dos fragmentos é sempre mais harmoniosa. Gavril precisa de tempo para gerenciá-los, fazendo muito esforço para que o processo seja menos aleatório quanto possível e os elementos obscuros sejam neutralizados. Fora de lá, Mrs. Breeze precisa estar em constante estado de alerta, pois o tempo do mundo é implacável.

Obscura é uma palavra que nunca se associa a Gavril Breeze, pois a face todos vêem é clara, luminosa, mas isso, assim como seu silêncio, é deliberado.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

IDIOSSINCRASIA


Assim como o presente, Mrs. Breeze manifesta ausência. Um hiato prolongado, uma cavidade entrementes, um breve espaço de suspensão, um pretenso distanciamento. Mrs. Breeze é um silêncio deliberado. Como nossos dias e noites e dias, em que olhamos todas as coisas e vemos muito pouco.
Mrs. Breeze experimenta um discurso político, reafirma uma posse do humano, enquanto garante uma travessia parda, eminente, esquiva de varreduras telemétricas.
Nunca fora obscura. Seria, agora? O presente, duvidoso, é ausência. Ela é apenas instrumento equilibrado entre o não-profundo tempo imediato e o imediato tempo extenso.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

SARRACENA


Oh, ANIS, traga minha Sina de volta pra mim.
O tempo é contínuo e não vive sem imprecisões.
Meu tempo antigo é repleto, tanto em benesses quanto em lástimas.

Posso oferecer o meu todo e ele sempre é venial.
Posso mear minh'alma em fundus e ministrar em meu corpo uma reforma agrária.
Posso esperar pra sempre, pois sou poço e sou passado.
Posso, tudo posso naquela me fortalece.

Há um mouro e há um mito e ambos resguardam tesouros às portas de Quinta Sagita. Quer?

terça-feira, 10 de junho de 2008

KÜBLER-ROSS


Quinta Sagita é um deserto tomado de plantas e água. Eu sou poeta romântico que tinge a paisagem com seus mais próprios sentimentos. Em face a oásis repletos, meu coração se esfacela como voçoroca. Há vastas planícies alvas, de brancos de nove nomes, e um frio gélido que a tudo permeia e que ronda o coração. E o fígado.
O tártaro mostra sua cara por vezes. Estamos assim, agora. Em outras ele existe sub-repticiamente, à flor da pele, mimetizado a olhos menos afeitos.
É inverno e é inferno.
É minh'alma.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

POR FAVOR, ACEITE ESTA MANGA


Pai e mãe, ouro de Minas,
Coração, desejo, Sina,
Tudo mais, pura rotina, jazz...
Tocarei seu nome pra poder falar de amor.
Minha princesa!
Art-nuveau da natureza,
Tudo mais, pura beleza, jazz...

A luz de um grande prazer é irremediável neon.


Existirmos, a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina,
Vi que és um Homem lindo e que se acaso a Sina,
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria viva era tão fina
E éramos de olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina.


BABY COME BACK, ANY KIND OF FOOL COULD SEE: THERE IS SOMETHING IN EVERYTHING ABOUT YOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!